Donzela
PevirguladezNão sei mais o que faço pra poder te envolver
Não pretendo ser clichê, como romance de tv
Isso não é papo de malandro que quer aparecer
Quando te vi já vi que era, a mais formosa e sincera
A desfilar na passarela, me fez ficar à espera
E cortejar teu bailado me deixou extasiado
Num passe de mágica, fiquei hipnotizado
Tipo groove de jazz, cê me deixou a seus pés
Desconstruiu o personagem pevirguladez
Este malandro foi embora, bateu asas e voou
Aqui à frente está um servo em teu louvor
Então conceda, por favor, esta honra de valor
Me faça por direito o mais nobre admirador
Se quiser me sacrifico, te desejo, cobiço,
Donzela, deixa eu provar teu feitiço?
Quem disse que malandro não quer saber de amor
Donzela meu desejo é me tornar seu pecador
Saborear as suas curvas de um jeito sedutor
E no seu beijo encontrar a grande obra do criador
Minha rosa, minha flor, meu papel, minha pena,
Me deixa te mostrar que isso não é cantilena
Não sou bom ator, isso não é jogo de cena
Mas tudo vale a pena se a alma não pequena
Mesmo morando distante, não vejo problema
Viajo pra são paulo como se fosse ipanema
Canto no seu ouvidinho a música meu esquema
Nosso filme é romance das antiga do cinema
Trago biscoito globo, vindo de copacabana
E um postal da baía com meu sorriso bacana
Saio lá de caxias com meu sotaque chiado
Para provar o teu gosto, este sorriso nos lábios
Tu és a minha passista, eu sou o teu mestre-sala
Faço floreios na rima usando traje de gala
Não perco a elegância e muito menos a fala
Mas quando vejo teu rosto, meu coração estala
Quem disse que malandro não quer saber de amor
Donzela meu desejo é me tornar seu pecador
Saborear as suas curvas de um jeito sedutor
E no seu beijo encontrar a grande obra do criador
O teu cheiro, teu sorriso é um dom de enfeitiçar
Em você vou me perder, para ninguém poder me achar
O meu amor é como um vício, ele não há de acabar
E a maior malandragem deste mundo é te amar