Pirisca grecco

Colorada

Pirisca grecco
Não é meu poncho do avesso
Com sua Baeta encarnada
Nem a flor da corticeira
Florescendo colorada
Meu verso vem da mangueira
De crista e clarim de galo
Pra saludar ao meu povo
Que ainda monta a cavalo

Meu verso fala do campo
De uma crioula ajeitada
É de esbarrar no palanque
Num florão de colorada

Fala de um tiro de laço
Paleteada e algum costeio
De uma escramuça gaúcha
Luzindo a chapa do freio
Pois trago embaixo dos Bastos
A flor campeira da raça
Seja nas lidas de estância
Ou num setembro na praça

Fala dum tranco sereno
Recorrendo uma invernada
Da força que tem na cincha
Puxando vaca atolada
Talvez o verso que faço
Seja pouco ou quase nada
Pela confiança que tenho
Na minha égua colorada

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