Plinio oliveira

Pequenas historias de amor verdadeiro

Plinio oliveira
Alguém como eu que conhece os mistérios da vida
As ilusões, as paixões, as feridas
Quando canta tem que falar de amor
Que viu desencontros tristezas, segredos guardados
E viu a saudade lavando os pecados
Sabe que o amor faz o perdão calar a dor

O amor não se explica
Com o amor tudo fica tão simples
A existência é curta
Quando vê já se acabou
A gente se apega nas coisas
Pensando - é pra sempre
E descobre de repente
Que pra sempre, só o amor

Ao ver a criança nascida sem ninguém no mundo
A mulher traída a amou num segundo
Não é justo o inocente padecer
Depois veio o tempo, a viuvez, a velhice, o cansaço
O menino cresceu e hoje a ampara em seus braços
De onde vem tal amor ele nunca vai saber

Eu vi esse pai se entregar com a alma vencida
A filha se foi, partiu sem despedida
Com só cinco anos, a gente não espera acontecer
Então ele olhou com tristeza no ohar do assassino
E disse, eu perdôo o teu desatino, vocês não me entendem
Mas ela vai entender

O amor não se explica
Com o amor tudo fica tão simples
A existência é curta
Quando vê já se acabou
A gente se apega nas coisas
Pensando - é pra sempre
E descobre de repente
Que pra sempre, só o amor

Quem ama enxerga esse mundo bem de outro jeito
E não carrega suas mágoas no peito
A vida é pra frente, nada se constrói com o que passou
Eu lembro de Gandhi, de Cristo, de Krishna, de Chico
De Buda, Teresa, Confúcio, Francisco
E não desisto de crer no que essa gente ensinou

A vida é mesmo uma coisa com seus descaminhos
Mas o amor não nos deixa sozinhos
Não deixe o amor se sufocar ante o viver
A gente se engana e esquece o que é mais importante
E não vê que o universo é maior que esse instante

Por isso pergunte valente - amor, cadê você?

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