Poison gas

Desencanto

Poison gas
Eu faço versos como quem chora
De desalento, de desencanto
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto

Meu verso é sangue, volúpia ardente
Tristeza esparsa, remorso vão
Dói-me nas veias, amargo e quente
Cai, gota a gota, do coração

E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre
Deixando um acre sabor na boca
Eu faço versos como quem morre

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