O brasil de duas imperatrizes: de viena para o novo mundo. carolina josefa leopoldina, de ramos, imperatriz leopoldinense
Preto jóiaMas a história ficou, o mar êh êh o mar
Parti pra seguir o meu destino
Lembrança dos violinos, sinfonia a tocar
Adeus, Viena! Levei nobreza
Iluminado o salão, riqueza
Rumo ao novo mundo de tantos esplendores
Do verde das matas e das flores
Do príncipe amado e um povo gentil
Reluzente de encantos mil
Ccheguei! Toda corte a festejar
Debret seduziu o meu olhar
Num passo fui ao paço da criação
Apaixonada por esse chão
Eu fui a mãe verdadeira da liberdade
Pioneira, governei por igualdade
Guerreira consciente, querida por uma nação
Defendi a minha gente,
Brasileira de coração
Iludida por amor, voei pra eternidade
Deixei as marcas da saudade
Ôôôôô pelas ruas e senzalas ecoou
Ôôôôô um canto de louvação e dor
Renasci verde, branco e ouro ao som do tambor
Quem sou eu? A rainha de Ramos eu sou
Celeiro de bambas, grandes carnavais
Vi rosas e arlequins em meus quintais
E quando o trem parar na minha estação
Vai ser grande a emoção
Aqui é meu lugar, do samba sou raiz, Imperatriz
Brilha a minha coroa na tom maior
Dois pavilhões num só
Em verso e prosa eis minha vida
Carolina Josefa Leopoldina
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