A carne
Produto do meioDe bolos de carne
Se atracando
Feito uns canibais
Num canibalismo frígido e grotesco
Tentando afirmar que há no que acreditar
Triturando sorrisos contentes
Moendo todos os seus músculos valentes
Banguelos, magrelos, a gente segue em frente
Sempre mostrando os dentes
Então
Me ensina essa receita de viver
Me diz como saborear você
Fingindo que nem tudo o que se vê
Seja podre, sujeira e coisa e tal
Gordura, carniça, nervos sem sal
São sete bilhões
De bolos de carne
Se atacando
São mesmo uns animais
Antas, vacas, porcos, cobras e covardes
Sempre à procura de onde achar
Um pasto verde pra cagar
Um pasto verde pra cagar
Um pasto verde pra cagar
Um pasto verde pra cagar!
Pra cagar, pra matar, pra roubar
Pra cagar, pra matar, pra roubar
Pra cagar!
É na verdade um açougue tem todo tipo de carne
E a gente procurando um pasto verde pra cagar
Numa dieta diet, fria, frígida e covarde
E escondido se devoram feito canibais
E nesse mundo, você ainda tenta afirmar
Que há no que acreditar
Gente como eu
Gente como você
Gente como eu
E eu como você
Gente como a gente
Gente como nós
A gente como nós
Gente como a gente
Como
E então
Me ensina essa receita de viver
Me diz como saborear você
Achando que nem tudo o que se vê
Seja podre, sujeira e coisa e tal
Gordura, carniça, nervos sem sal
Triturando sorrisos contentes
Moendo todos os seus músculos valentes
Banguelos, magrelos, a gente segue em frente
Sempre mostrando os dentes