Astronaves no azulejo
Professor cão
Não hei de incomodar-me em meu interno
Com as injúrias que despejas
Ou com as marcas de cães do inferno
Mas com as raças das cervejas
Com as injúrias que despejas
Ou com as marcas de cães do inferno
Mas com as raças das cervejas
Agradeço ao contato com a gurizada
Dos mais altos escalões celestiais
Na telepatia, pois a boca era usada
Pra deglutir os cereais
E só aqui nos submundos inóspitos da consciência
É onde há o direito de um grito menos frágil
E um corpo menos denso
Deixa a criança chorar
Eu sempre as seguia com destreza
Não eram mais velozes que a visão
Tinha vez que uma sumia e eu quase tinha toda certeza
Que ela ia pra uma outra dimensão
E não peças que a ti me aconchave
Pra explicar meu medo há mil maneiras
Mas jamais me avexo com tanta astronave
Formiguinhas ainda são ligeiras
E só aqui nos submundos inóspitos da consciência
É onde há o direito de um grito menos frágil
E um corpo menos denso
Deixa a criança chorar
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