Quando inhambú cantou no meu quintal

Canção de amor do (des) oriente

Quando inhambú cantou no meu quintal
A noite ausenta as palavras
Que eu tinha prometido
E eu serei o que você quiser
Se prometer não me deixar esquecido

E nessas horas de saudade
O vento bate ligeiro
Eu não me importo estar em “maus lençóis”
Pois minha cabeça tem um bom travesseiro

Mas amanhã quando a manhã chegar
Não se acanhe em dizer
Que o jardim dos nossos sonhos
Se recusa a florescer

E o universo não conspira mais
A favor de ninguém
Sou corpo e mente de alguém que um dia resistiu
E o vazio levou, sem ninguém perceber

Quem sabe volte a amanhecer?

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