Não era pra ser
Quarteto coração de potroE nem sinal de se entregar pras cordas
O olhar de mal meio fresteando a franja
coiceando a sombra desde o sol acorda
era um sereno nas manhãs de maio
de quando um bufo despertava a cena
falsa quietude atada ao palanque
imagem chucra de um mouro pavena
filha pequena flor do meu jasmim
pelo terreiro num semblante em festa
sonhando cores em alguma cantiga
na liberdade que a inocencia empresta
como um lampejo brincou rumo as patas
peleando a franja no garrão do potro
e eu no assombro da encrusilhada
de correr por pai de resar pro outro
Nem a forneira fez cantar de ensaio
e até o vento merlhou o arvoredo
as quatro patas igual a um palanque
se enraizaram a esconder segredos
então a prece que ecuou distâncias
fez a flor linda abitar os meus braços
ou o próprio maula quis poupar a infância
pela pureza de seus ternos traços
Me da a cabeça pra eu tirar o buçal
assim com jeito vou te dar benção
e neste lombo apenas geadas
vão fazer pátria pela gratidão
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