Quarto do exilio

Órfão da eternidade

Quarto do exilio
Como acontece nos dias nublados
A claridade veio suave me tocar
Nos olhos do céu eu revi o vento
A acender a vida

Despertei do sonho acabado
Para adormecer no dia
Eu juro: eu tentei amar
Enquanto o sol adormecia

Lararara...

Em cada prédio, avenida
Rua ou estação
Em cada verso ou despedida
Grita o meu coração

Em cada prédio, avenida
Estação
Em cada verso ou despedida
Grita!

"outra vez anoitece por aqui
Este tédio ainda há de morrer
Isso se eu não me destruir
Ou quem sabe você"

Como pode a resistência ser mais forte
Se a dor vem lenta e, lenta, a mente enfraquece?
Qual escolha que eu tenho senão o ócio
Que a sociedade oferece?

Lararara...

Em cada prédio, avenida
Rua ou estação
Em cada verso ou despedida
Grita o meu coração

Em cada prédio, avenida
Estação
Em cada verso ou despedida
Grita!

"que tal um samba?

Esta música fala sobre a eternidade
E o universo ilimitado de nossa razão
Que, quando consciente,
Acaba por ser limitada até demais.

Mas dane-se o infinito
Vivamos a finalidade de cada fim
Nós já nascemos dominados por malditas verdades
Não existe o absoluto, e nada no vácuo é relativo
Eu sou órfão da eternidade.

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