Quarto negro

Quando o mar não vem

Quarto negro
Ao final, sou tão ligeiro.
Mas volto sempre pro começo.

Cabe a mim te orgulhar, a minha dor
transforma a calma em desapego.

De tudo seu e o que foi nosso:
Descaso.

E quando terminou, os dias foram
embora.
Ergue o peito e sente o frio envolto em
glórias.

Descansa que os sonhos são meus. E
enquanto dorme, eu fico aqui, em paz.

Da popa a proa.
Mareia os panos.
Em poucos dias: obras mortas.

Descansa que os sonhos são teus.
E enquanto dorme, eu fico aqui, no mar.

Cabe a mim te orgulhar, a minha dor
transforma a calma em ironia, ironia.

Encontrou algum erro na letra? Por favor envie uma correção clicando aqui!