Paulista
R. diazE quando nasce a gente implora pra morrer
Se esconde atrás de livros
E poesias pra fingir que tá tudo bem
Deita no asfalto pra observar estrelas
Olhar pra lua se lembrando de alguém
Esquece as mágoas
E se cobre em um manto negro de saudade
E é assim
Que a gente vai ficando
Cada vez mais frio por dentro
Não quero ser apenas um brinquedo
Nos braços de quem não sabe brincar
Quero brindar a vida
Em um peito que tenha espaço pra me acomodar
Não quero ser apenas um brinquedo
Nos braços de quem não sabe brincar
Quero brindar a vida
Em um peito que tenha espaço
Espaço pra me acomodar
É que esse enredo tende a ser modificado
O cheiro cinza em contraste com o sangue parado
A avenida vira palco
De sonhos mortos e mumificados
A gente esquece que só temos uma vida
E que a vida por si só já é descaso
Ascende o teu esquecimento
Pra aliviar seus lamentos e os acasos
Há quem diz que dá pra ser feliz
No meio desse inferno
Não quero ser apenas um brinquedo
Nos braços de quem não sabe brincar
Quero brindar a vida
Em um peito que tenha espaço pra me acomodar
Não quero ser apenas um brinquedo
Nos braços de quem não sabe brincar
Quero brindar a vida
Em um peito que tenha espaço
Espaço, espaço pra me acomodar