Oya
Rael da rimaNossa gente ilhada precisa sobreviver
E levantam-se as mãos pedindo pra Deus oya
Já não se vive sem farinha e pirão não há
Não haveria motivos pra gente desanimar
Se houvesse remédio pra gente remediar
Já vai longe a procura da cura que vai chegar
Lá no céu de Brasília as estrelas irão cair
E a poeira de tanta sujeira há de subir, oya
Será que a força da fé que carrega nosso viver
Pode mover montanhas e jogar dentro do mar
Tanta gente de bem que só tem o mal pra dar
Será que a força da fé que carrega nosso viver
Pode mover montanhas pra gente poder passar
É a nossa oração pedindo pra Deus
Oya, Ogã, e vê o sofrer cíclico, bíblico, crítico
Pique malê me imbico, relax fico
Longe dos giroflex dos bico
Dor a impor o dever cívico
Me apego nos patuá, obá, místico sei
Saudar Iansã, eparrei
Fã do rei dos reis
Clã dos long plays de longe
Grandes como King Kong
No front vietcongs, James Bond não
Bonde nosso, tia, na tela são
Revolta favela antipanela vazia
Oya é o povo de cá pedindo pra não sofrer
Nossa gente ilhada precisa sobreviver
E levantam-se as mãos pedindo pra Deus oya
Já não se vive sem farinha e pirão não há
Não haveria motivos pra gente desanimar
Se houvesse remédio pra gente remediar
Já vai longe a procura da cura que vai chegar
Lá no céu de Brasília as estrelas irão cair
E de tanta sujeira a poeira há de subir, oya
Será que a força da fé que carrega nosso viver
Pode mover montanhas e jogar dentro do mar
Tanta gente de bem que só tem o mal pra dar
Será que a força da fé que carrega nosso viver
Pode mover montanhas pra gente poder passar
É a nossa oração pedindo pra Deus oya