Não É o meu lugar
Rafa omeninNunca quis ser minha amiga
Sociedade nunca se importou com a minha rima
Agora sinta a resposta dessa ferida, nem!
Sociedade nunca quis saber de mim
Sempre me deixou largado por aí
Omenin nasceu no meio da madrugada
Entre o silêncio das ruas e o retorno das baladas éh!
E eu nunca soube se eu era feliz
Até o rap me contratar como aprendiz
Seguindo pela noite o freestyle corre solto
O beat-box está armado, zé povinho morde o osso
A inveja nunca encerra nossos sonhos e metas
Com garra subimos a serra
Pela janela do meu quarto eu vi o mundo girando ao meu redor
Sonhando em algum dia alguém ouvir a minha voz
Amigos foram apoio, meus amigos são o apoio
Me dão força enquanto sou julgado pelos outros
É difícil, mas eu creio que é possível
Um dia eu chego lá lembre-se desse versículo
De pé eu rimo em cima de cacos de vidro
Um salve pros guerreiros e foda-se os inimigos
E o meu rolé não importa pra cidade onde eu vivo
Inimigo no migué, sistema fica aflito
Aqui todos acham que sou louco
Por ousar em cantar rap no meio desse povo
Eu nasci com isso malandro (sacou?)
Eu escrevia letras de rap enquanto os outros estavam estudando
Me lembro do dia que falei
Esse não é o meu lugar e por aqui não ficarei
Éh! Esse não é o meu lugar mané
Eu não nasci pra ficar de pé e só
Observar as injustiças da vida
Observar as injustiças da vida
Quantas festas, quantas festas
Quantas festas ficaram rolando e eu não tava lá
Presente dentro da minha mente repassando no papel e pá
Não sabia se estava fazendo a coisa certa
Deixava a minha alma completa essas rimas
Que eu abracei, escrevendo eu ri e chorei porém,
Não me arrependo das tintas de caneta que já gastei, pois eu sei
Meu espírito me condena se eu não entro em cena com a pena
Rabiscando as paredes do cotidiano
Positividade tanto pras minhas quanto para os manos
Me lembro do e-mail que eu mandei pra rádio
Pedindo se tocassem o meu som mas os otários
Nem me responderam me deixaram no vácuo
Só porque eu canto rap ta ligado
Mas tudo bem afinal eu não pago o seu salário
Eu to na minha reta não atravessa “oo caralho”
O zé e o boy já riram de mim
Não tem medo do começo quem nasceu no fim
O meu grito de guerra não se ergue por si só juntando os versos os parceiros e os b.o (falei assim)
De pé eu rimo em cima de cacos de vidro
Quantas vezes conversando com o divino
E vai, e no esculacho vou seguindo a tradição no jogo difícil cheio de cartas na minha mão
Na manga eu saco aquela que seca toda ramela daquele julgador que só acordou por ela
Esperando que eu cantasse outra coisa menos essa
Minha última alternativa foi de preza
Uma folha recheada de rimas diversas, aqui está o meu currículo patrão!
Éh! Esse não é o meu lugar mané,
Eu não nasci pra ficar de pé e só
Observar as injustiças da vida
Observar as injustiças da vida
Levante-se amigo!
Não dê valor pra quem não precisa de você