A nobreza da arte nordestina no reino do carnaval
Rafael forjanesNossa magia faz a festa na avenida
Arte do povo, sim, é nosso carnaval
E o samba hoje é armorial
Em terras bem distantes reluzia
Minha essência em fidalguia
Valente cavaleiro
Decifrei sublimes tradições em escudos e brasões
Vi poesia em cancioneiros
Trovador, sonhei que eu renascia
E um novo reino então surgia
Erguido num nobre cangaço
Mamulengos em folhetos de cordel
Pandeiros, rabecas tocando ao léu
Desvendando os sertões, avistei
Os estandartes da cavalhada
Bumba meu boi, folguedo de reis
Dancei o maracatu na congada
Enfim, finquei raiz e me tornei armorial
Sou popular e erudito, não faz mal
Filho do artista imortal
Elo entre Europa e sertão
Obras consagradas desse chão
No bailar do tempo a girar
Acordes de uma orquestra pelo ar
Inspirando manifestações
De repente entre muitos foliões
Com a pioneira vou erguer essa bandeira
Fortalecendo a cultura brasileira!