Queromana mariquita
Rainieri sphorCom lembranças de tuas "rédia”... que me deixaram sujeito!
Feito um “romance” antigo: daqueles que a gente conta
E quedam presos no tempo... que inté o tempo perde a conta!
Atei o bocal no queixo do meu zaino, pingo – Estrela
Pra “curá o trote” na estrada, tendo a desculpa de vê-la!
Mas teu ranchito enfeitado, na beira do corredor
Mostrou, nas portas fechadas, um semblante em desamor!
Mariquita – pequenita – por que estás fazendo assim?
Às vezes olha em meus olhos... noutras desvias de mim!
Qualquer dia esbarro o zaino junto aos teus sonhos de prenda
E conto a minha intenção, querendo que me compreenda!
Queromana – Mariquita – sonhei contigo, é verdade:
Queria vencer as distâncias no corredor da saudade!
Quem dera ser o teu par nalgum baile de “enramada”
E num verso recitado... te convidar: – Namorada!
Sonho um dia – este tempo! – unindo nossos destinos
E com um templo de leivas deixar de ser um teatino!
Até imagino – faceiro – tu com um mate na mão
Esperando que eu desencilhe bem no portal do galpão!
Mariquita – pequenita – esperando por teu sim
Mandei bordar num lencinho um raminho de alecrim
Pra te dar – como em regalo – selando o meu sentimento
Depois que meu coração tu colgar junto a teus tentos!
Mariquita – pequenita – por que estás fazendo assim?
Às vezes olha em meus olhos... noutras desvias de mim!
Qualquer dia esbarro o zaino junto aos teus sonhos de prenda
E conto a minha intenção, querendo que me compreenda!
Queromana – Mariquita