Memórias postiças
Rajada morganna
Obscuramente a noite se encontra comigo sentado ao som de um blues.
Lendo resenhas supostamente alteradas de minhas próprias canções ainda não musicadas
Rindo do espelho, lembrando do eclipse corporal, dos selos nostálgicos, pregados com minha saliva nas cartas que eu não escrevi o final
Lendo resenhas supostamente alteradas de minhas próprias canções ainda não musicadas
Rindo do espelho, lembrando do eclipse corporal, dos selos nostálgicos, pregados com minha saliva nas cartas que eu não escrevi o final
Observando os personagens da vida quase real
Que atuam sem público, sem palco, sem texto original
Bebendo Gibran, tomando cachaça, fugindo da lucidez
Me procurando em matérias de jornais lançadas há quase um mês
REFRÃO: Jogado de precipícios, eu que já gastei mais de vidas nessa última hora
Voando sem artificios, rindo da cara da morte pra sobreviver
Subindo o precipício outra vez
encontrei um senhor olhando pro sol,
Falando palavras ao vento, sem sentido ou razão
Fui alterado genéticamente, minha pele é sintética
Memórias são todas postiças, eu me lembro sim
Meus olhos não vão enchergar, minha voz foi gravada por outra
Meus passos passados por círculos, andando a falar
Eu sou mais vivo que muito ser vivo
Que vive e não sabe viver
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