À vô
Ramiro hitotuziNa tua escrita caída a me ensinar a viver
Com um "quê" de: - que seja feliz!
Ah! Esse amor.
Duas vezes pai, dupla proteção
Chega ao cúmulo - adoração de não me deixar usar as mãos
Senta pra contar tudo que já viu abordo de navio
Lembra da sua mãe e do seu imenso amor
E de coisas do Brasil
É assim a criação por amor: boa chinelada, saudade e nó na garganta
E agora a lembrança doce, em cama a me consumir
Se vai com a palmada e nem se despede de mim
Criado na farinha tinha pé rachado
Vascaíno roxo bem ensinado
Cresceu para amar e ser amado
"Caramba" menino! Fica quieto!
Vai levar ralho do VÔ e pra vó vai comprar alho
Lá no seu Agenô
Punha seu chapéu, bem no amanhecer pra compra o pão
O jornal e fazer fezinha no bicho
Foi esse o seu viver
É assim a criação por amor: boa chinelada, saudade e nó na garganta
E agora a lembrança doce, em cama a me consumir
Se vai com a palmada e nem se despede de mim