Ranier alves

Solidão

Ranier alves
a fumaça do cigarro toma a sala
as luzes não se apagam, é madrugada
a garrafa de conhaque sobre a mesa
eu preciso de mais uma talagada

naquele velho quarto escuro
as cinzas se espalham pelo chão
garrafas e garrafas no sofá
a minha companhia é a solidão

o telefone está tocando
acho que alguem ligou errado
não ha motivo algum para ligar
pra um velho vagabundo, embriagado

e hoje a noite eu sei que não tem fim
como as outras q pensei q fosse asim
não quero mais saber de ler jornal
nem quero fingir que sou normal

Não ha motivo algum pra se embriagar
a menos que isso o faça esquecer
de todos os problemas e angustias
de tudo que te faz enlouquecer

um ébrio em fim de vida a reclamar
de tudo que lhe fere o coração
a solidão é a única a escutar
e de todas a maior reclamação

e hoje a noite eu sei que não tem fim
como as outras q pensei q fosse assim
não quero mais saber de ler jornal
nem quero fingir que sou normal

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