Renata jambeiro

Jogo de angola

Renata jambeiro
No tempo me que o negro chegava fechado em gaiola
Nasceu no brasil quilombo e quilombola
E todo dia negro fugia juntando a corriola
De estalo de açoite, de ponta de faca e zunido de bala
Negro voltava pra argola no meio da senzala
E ao som do tambor primitivo: Berimbau, maraca e viola
Negro gritava: “abre alas”
Vai ter jogo de angola

Perna de brigá, camará
Perna de brigá, olê
Ferro de furá, camará
Ferro de furá, olê
Arma de atirá, camará
Arma de atirá, olê

Dança guerreira, corpo do negro é de mola
Na capoeira negro embola e desembola
E a dança que era uma festa pros deuses da guerra
Virou a principal defesa pro negro na guerra
Pelo que se chamou libertação
E por toda força, coragem e rebeldia
Louvado será todo dia, este povo cantar
E lembrar o jogo de angola, na escravidão do brasil

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