O despontar de eros
RêveriesMisturo-me a confusão
Só o nada dava as suas caras
Em meio aos segredos da escuridão
A queda imaterial
Sob os domínios do caos
Uma existência sem direção
Sem desejo, sem falta e nem mesmo paixão
Arde o espectro em expansão
Flautas ressoam uma canção
Despertando desejos perdidos
De amor, anseio e consternação
A Existência e suas dores
São mortais as pobres flores
Definha o amante a falta
Sob a sombra das montanhas mais altas
A carência fere a vida
Provocando uma ferida
Ilusório é o guardião
E o amor, panaceia as moléstias do coração
Nem só a penumbra da distância se deseja
Nem só Eros determina as pulsões humanas
Fagulhas de júbilo ainda podem ser vistas
Entre as matas de um bosque sem saída
Pode-se encontrar a chama da felicidade na presença
Pode-se encontrar a alegria nas grutas densas
Confuso é o coração daqueles que amam
Dolorosa é a falta pelos que clamam