Loucos da comunidade
Revolução sonora mc'sEu canto pro meu povo o que sai da minha mente,
Chega aê pra vê colé que é,
As 5 da matina tô dando um rolé apé,
Os mano tão ali na maior disposição,
Nos corre cipá com as quadrada na mão,
Aê nozão tô indo lá no braite,
Os neguim fica doido pra ter uma peça da nike,
Aqui é favela, minha periferia,
Aqui é o lugar dos mano fazer as correria,
Aê lennin tô numa mô viage,
Aqui é ldc loucos da comunidade,
Aê lennin tô numa mô viage,
Aqui é ldc loucos da comunidade,
Tô de rolé na madruga como um indigente,
Bolando um fininho, fazendo minha mente,
Punhal na meia, quadrada na cintura,
A madruga tá sinitra, e as vielas tão obscura,
Cada viela uma surpresa,
Cala a boca porra pra não falar besteira,
Eu canto e recanto e não paro de rimar,
Falo pro meu povo e favela se ligar,
Dá ponte pra cá,
Dá ponte prá lá,
O movimento tá sinistro cê não pode vacilá,
Poeta que é poeta tem rima na memória,
Ouça o meu som e siga minha tragétoria,
Parceiro abra os olhos pro mundo torrão,
Deixa de novela de televisão,
Cê tá sendo alienado,
Cê tem que se ligar e não pode deixar barato,
Sou pobre parceiro, nunca fui herdeiro,
Sou do morro do trabalhador povo humilde brasileiro,
Fui no passado, sou no presente, serei no futuro o rapper de sempre,
Aqui por enquanto não morreu ninguém,
Hã, mais todo mundo é refém,
Século xxi revolver na mesa o cerebro engatilhado pra minha alto defesa,
Ali tem mais um contra mim "se liga ae" louco pra vê o meu fim,
Escopeta na mão, de lupa e bala clavo,
O fruto que eu colho hoje é da minha semente do passado,
Os gambé tão vindo ali não vou ficar aqui pagando sapo,
Pra não ser mais um ai pro buraco,
Tõ lingero parceiro na disposição 360º, do meu campo de visão,
Liga o fugueteiro que os gambétá subindo o morô,
He mente pipoco, sangue no olho, dedo nervoso,
Sou mais um viajante desse imenso calaboso,
Tô de 157 na mente aqui, não é diferente,
Só garotão firmeza arrudiando minha mesa,
Mais por aqui o clima tá sinistro gente que não é das areas,
Pode ser informante de bandido,
Mais eu não ligo pra tudo isso aqui nas quebradas acontece muito disso,
Aqui tem que ter leis,
Principalmente a lei do silêncio sabe porque?,
Por que só deus pra mim julgar ,
Se quiser pode colar,
Quem mais vê os brilhos da lua,
Quando a noite chega fico na maior fisura,
Adolecentes de rua,
Chave de cadeia se trombar nas viaturas,
Como eu já disse as vielas tão obscura,
E a nossa realidade é nua e crua,
Nesse espaço transparente só consigo vê,
O brasil que temos ao brasil que queremos,
Apesar de imenso é um país onde a mizéria tem crescimento,
Aqui mais nada posso fazer,
No final dessas doidera,
Firmeza eu só lamento,
O que impera aqui eu não queria não viver nesse mundo nessa triste detenção,
Mais eu sou revolução pânico constante eu tenho meu semblante,
Mais uma vez a guerra foi e voltou onde impera a paz meu deus meu senhor,
Eles nem se lembra o que jesus chorou,
O mais importante é ter deus no coração,
E muita fé ser homem de verdade seja o que deus quiser,
Meu caminho é um labirinto quero sair da vida bandida mais não encontro uma saida,
Viajante do tempo nesse imenso calaboso eu não quero ser carne de pescoço jogado ao esgosto,
Mais ae nozão tô indo lá no braite,
Aqui é ldc loucos da comunidade,
Mais ae nozão tô indo lá no braite,
Loucos da comunidade.