Do eldorado africano ao berço selvagem e fascinante da vila de são matheus
Ricardinho da mugClareia minha Mocidade
É força, axé, é samba no pé
Clareia Olorum
Clareia minha Mocidade
É força, axé, é samba no pé
Um canto pela liberdade
Oh, Mãe África, berço da civilização
Guardiã de tantas riquezas
Testemunha da escravidão
Cruzou o mar
Na cicatriz que acorrentou
Em São Matheus veio aportar
Negra memória semeou
O senhor ordena a face de um novo destino
Divina seja a luz de Olodumaré
Na graça de Ile-Ifé
Sou quilombola, eu sou
Zacimba Gaba, princesa
A voz escrava ecoou num canto forte nagô
Sou quilombola, eu sou
Zacimba Gaba, princesa
A voz escrava ecoou num canto forte nagô
E a luta derrotou a incerteza
Guerreira
Como um raio na escuridão
Desaparece na profunda imensidão
Mas seu legado é real
Renasceu na força da comunidade
Herdeiros da sociedade
Sem preconceito racial
E no embalo da fé ressoou o tambor
Hoje negro é livre, tem orgulho da cor
Na cultura africana, rito ao Orixá
É vitória do povo Yorubá