Dos malandros e das madames
Ricardo martinsEm azul e branco, vou le cortejar
Malandro sambista que sempre batalha
Levando a vida, no fio da navalha
Vou festejar
Foi semeado e floresceu a vida
Com braços fortes frutos dessa lida
Presente aos olhos vista a beira mar
Oiá oxum
Águas e fertilidade
Que atriu a realeza
Com sua diversidade
Hoje tem maculelê, tem ginga de mandingueiro
Tem batuque de terreiro, tem gringo que vem sambar
No palco sobe a cortina, se a moça não for menina
Não se espante com a doutrina, lhe convém a respeitar
Hoje tem maculelê, tem ginga de mandingueiro
Tem batuque de terreiro, poetas vivem ali
Enfentei ruas e bares, dizendo chegou pilares
Caprichosos canta a lapa, hoje na sapucaí
Garboso, charmoso lugar
O eterno reduto, da boêmia
Seus arcos revivem história
Esconder pecados e fantasias
Marujada descobriu
Seus bordeis
O artista se encantou
Retratou
Criou bonecos, coloriu escadarias
Se vestiu em alegria, demostrou a sua fé