Roberto kuelho

Miscigenada

Roberto kuelho
Filha de preto com branca
Sorriso doido veio tão miscigenada
De tanto samba que é
Seu coração bate num quatro por quatro

Se abre toda na areia
Fechando o toque das ondas sente
Se entrega aos sons
Num gozo sem precedentes

Ingênua no amor
Sem medo amou
Desarmou seu tabuleiro
Mas já era fevereiro

Magoada
Para não chorar foi dançar
Cha naná naná

A paixão não tinha mais limites
Casa de Eros
Corredor de Afrodite
Lua sob a lua do sertão
Tristeza na face bata de ilusão

Noite a dentro
Para não chorar foi dançar
Cha naná naná

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