Vozes
Roberto quintanilhaPela janela seus olhos contemplavam.
O sol e o céu azul,
E as coisas que lá fora,
Sem ela agora ainda continuavam.
E ela não podia entender porque,
Devia estar presa ali.
Em seu rosto,
Imensa dor transparecia,
Por ninguém ouvir o que dizia,
Em um quarto,
Com seus fantasmas, tão assustada.
Deitava ouvindo vozes,
Mais ninguém acreditava.
Eu sei que talvez isso não faça sentido,
Mas ainda assim dizia falar com espíritos...
Algum tempo depois,
Passava todo dia,
Dividindo realidade e fantasia.
Pra não mais ouvir que havia enlouquecido,
Omitia tudo que lhe acontecia,
E não era bem como esperava ser.
Perder a sua sorte e vaidades,
E uma máscara, queimava a sua alma,
Escondendo toda a verdade,
Em um quarto,
Com seus fantasmas já não se assustava.
Pois sabia que eram os únicos,
Que nela acreditavam.
Eu sei que talvez isso não faça sentido,
Mas ainda assim lhe ouvia falar com espíritos...
Eu sei que talvez isso não faça sentido,
Mas ainda assim lhe ouvia falar com espíritos...