Robson ruas

Acalanto caipira

Robson ruas
Acalanto caipira


Sou estrada, cantador, eu sou poeira
causos, versos, que vêm e vão
sou leveza, tempestade, agonia
sou tristeza num acúmulo de paixão.
Sou cantiga, acalanto caipira
sou a viola que expressa um só cantar
sou o acorde que entoa uma melodia
e a saudade que da vida vou levar.
Sou poeira, sou aboio, cavalgada
a ordenha que alimenta uma nação
sou o canto do vaqueiro em disparada
segurando o seu arreio em procissão.
Sou viola num acalanto caipira
com um berrante tô no campo, eu sou peão
sou o verso num repente de improviso
sertanejo...eu sou o cheiro desse chão.

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