Rock de galpão

Entardecer

Rock de galpão
Um matiz caboclo
Pinta o céu de vinho
Prá morar sozinho
Todo o pago é pouco
Todo céu se agita
O horizonte é louco
Num matiz caboclo
De perder de vista

Amada, amada
Por viver sozinho
Não me apego a nada

O minuano rincha
Nas estradas rubras
Repontando as nuvens
Pelo céu "arriba"
O sol poente arde
De sobre-lombo a crista
Quando Deus artista
Vem pintar a tarde

Amada,amada
Por viver sozinho
Não me apego a nada

Um matiz de chumbo
Predomina agora
É chegada a hora
De encontrar meu rumo
Alço olhar lobuno
Mais além do poente
Onde vive ausente
Meu sonhar rei uno

Amada,amada
Por viver sozinho
Não me apego a nada

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