Mente do poeta

Pra quem sentiu na boca
O gosto amargo da derrota
Fui no fundo do poço
E por cima eu dei a volta

E o pior de tudo isso
Foi ver a esperança morta
Foi ver a maldade em pessoa
Batendo na minha porta

E o melhor de tudo isso
Foi conseguir
Me redimir
E reconstruir
Tudo aquilo que perdi

Francamente
Eu tento transcrever
O que se passa na minha mente

Minha mente é conturbada
Atordoada
Brinco com meus próprios demônios
Seja bem vindo ao meu manicômio

Por isso as vezes falho...
Eles me ajudam enquanto eu me atrapalho

E a madrugada vem chegando
E eu agonizando
Deitado no quarto me pego chorando

Lembrando do que foi vivido
E não voltará

Me sinto num filme de terror com um final macabro
Me sinto na era medieval com a mão num candelabro
Transcrevo muita coisa e a janela abro
De rimas pobres estou vasto e nisso me acabo

Sou grato ao criador
No que ele tem me fortalecido
No mais, desculpa mãe
Por eu te me entorpecido

Um Drink no Inferno
Assassino a sangue frio
Matei ontem a esperança
E hoje vivo vazio

E é um vazio que as vezes me deixa em paz
Mano, eu sigo sagaz
Encaixar o vocal no beat
é o que me satisfaz

Já não vai lá essas coisa
Minha sanidade mental
Mas é muito sentimento
Que encaixo no instrumental

Sou grato ao criador
No que ele tem me fortalecido
No mais, desculpa mãe
Por eu te me entorpecido