Lenda do pirajurú
Rui de carvalho
Pirajurú pode ser seu nome
Só sei que ele como tudo que lhe dá
A terra fértil que não tinha dono
E eu já tó com sono, mas vou lho contar
Ele era um indiozinho sertanejo
E quando eu lhe vejo no meu pensamento
Fico zangado, choro e sinto nojo
Tanto sofrimento que passou seu povo
De manhã cedo ele era criança
Mas depois da dança do jenipapeiro
Virava moça de cabelos longos
E ao mexer com os ombros tinha seus segredos
Me disse um dia seu chefe guerreiro
Que nos dias santos e nos feriados
A dança era feita na beira do rio
Pois virava um peixe chamado dourado
Assim cansado da monotonia
Todo santo dia a mesma missão
Virou-se para o chefe feiticeiro
Vou partir mais deixo aqui meu coração
Encorujado cochilou num canto
Perdendo os encantos dentro do borralho
Das cinzas quentes da fogueira à frente
Que apagou com o vento forte de espantalho
No outro dia acordou doente
Sem querer ver gente quis ficar sozinho
E conversando com um Caga-cebo
Disse não ter medo de ser passarinho
Misteriosamente ele sumira
E se for mentira mereço um castigo
Pois todos sabem que ele vai voltar
Depois do dilúvio pra salvar sua tribo
Só sei que ele como tudo que lhe dá
A terra fértil que não tinha dono
E eu já tó com sono, mas vou lho contar
Ele era um indiozinho sertanejo
E quando eu lhe vejo no meu pensamento
Fico zangado, choro e sinto nojo
Tanto sofrimento que passou seu povo
De manhã cedo ele era criança
Mas depois da dança do jenipapeiro
Virava moça de cabelos longos
E ao mexer com os ombros tinha seus segredos
Me disse um dia seu chefe guerreiro
Que nos dias santos e nos feriados
A dança era feita na beira do rio
Pois virava um peixe chamado dourado
Assim cansado da monotonia
Todo santo dia a mesma missão
Virou-se para o chefe feiticeiro
Vou partir mais deixo aqui meu coração
Encorujado cochilou num canto
Perdendo os encantos dentro do borralho
Das cinzas quentes da fogueira à frente
Que apagou com o vento forte de espantalho
No outro dia acordou doente
Sem querer ver gente quis ficar sozinho
E conversando com um Caga-cebo
Disse não ter medo de ser passarinho
Misteriosamente ele sumira
E se for mentira mereço um castigo
Pois todos sabem que ele vai voltar
Depois do dilúvio pra salvar sua tribo
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