Sadi

Clínica

Sadi
Segura a língua e, agora escuta
Pois a historia não é sua e de verdade só tem uma, a minha
Julga e o sem futuro te evita
Usa meu nome que karma te revida
Saudosa época em que respeito se mostrava
E não se dizia
Sabota em forma lirica, disse o que pra muitos é mistério ainda
Saber chegar e sair de qualquer vila

Sem rixa
Mesmo com a língua áspera pique lixa
Respeito segue acima
Carrego a minha filosofia, te derruba a vida
Mas levanta e ginga
Tem muito round ainda
Saiba que quem

Quem veneno a língua destila
Engasga um dia ainda
Por isso
To sempre na ofensiva
A facada nas costas
Nem sempre é inimiga

Assimila a realidade
Quem tem coragem reage, não late
Mas eu não sou covarde
Por isso aviso
Que me guarde antes que seja tarde
Ou aguarde a tempestade demais
Pro seu cálice
Cale-se

Já é tarde
Ativou o alarme é sem combate
Furtivo é o ataque
Engraçado o som
Quando no chão “cê” bate
Comprovado!
Mil não mataram
Um por um ainda sangro a carne
Um bando que sozinho
Usa até disfarce
Continua, pra que minha adaga não te afague
Pra cada vez que desse fala
Mais um dedo eu mando pra sua casa

Não me fala o que você daqui acha
A carcaça, possui ambígua alma
Sorriso é na cara
Mas se preciso
Extremas torturas macabras
Extensa será a vala
Falando em vala toma a pá
Que a sua cê mesmo cava

Enquanto eu via
O pé na carótida dela pisa
Perdão ela pedia
Hora errada, tarda mas não falha
Enquanto a boca fala, essa vala não acaba
Mesmo sem força
Cava, vaga
No lado esquerdo da caixa torácica

Da maneira mais sádica
A faca mal amolada é luxo fia
Lembro da sua cirurgia
Em que minha anestesia foi bebida
Você contente me aniquila
Sem porque mas queria era carnificina
Sorte que foi blindada a escuderia
E, desvia
Que essa daqui eu nomeei foi de clinica

Que seja você quem paga a divida
Já internei a mágoa guardei
Em raiva
Meus sentimentos transformei
O exílio do rei
Na revolta o pente cheio
Eu encontrei
Agora segura é uma duas três

Em uma pá de loucura eu pensei
E parei pra pensar
Mesmo que não leve a lugar algum
Sem nenhum pouco de pressa
Tirei minhas eternas férias
Temporada de caça aberta

Se entoca, sai da reta
Te desconcerta quando sua cota
Se “desintera” da sua era
E vê se enxerga
Integral não cabe a um instante
Marginal sempre será demais pra sua estante.
“Quem veneno a língua destila
Engasga um dia ainda
Por isso
To sempre na ofensiva
A facada nas costas
Nem sempre é inimiga”

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