Samuel Úria

Má poesia feia

Samuel Úria
Dizem que não há mulher feia
Também não há má poesia.
Que a natureza a tudo premeia
Não há menina que nasça gentia,
nem palavra que nasça alheia.

De quem critica está a vida cheia.
E criticar é que é vida vazia.

Mas cá para mim...
Mas cá para mim... isso são só desculpas de quem não se depila,
o buço e o soneto, o alexandrino e a axila.
Cá para mim isso são só desculpas, para quem tão mal se andraja,
Com calças largas de homem, a escrever coisas de gaja (x3)

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