Samus

Sobre as capitais

Samus
Um louco vem, com seus olhos de cristal
Com seu pijama e suas meias de algodão
Traz sua lira e seu sorriso de mulher
E uma tragédia num recorte de jornal e diz:
Que o céu já não é mais, dos anjos e dos pardais
Azul incinerado e um trovoar pesado sobre as capitais

Na praia nua mora um velho pescador
Que tem escamas de mil peixes em suas mãos
Diz que conhece os mistérios das águas
Das mais profundas às mais sagradas
Olha o céu e me diz:
São sereias e cartas navais, incensos, naves, carnavais
E o sol, se põe mais cedo, filho
E a noite já não é segredo sobre as capitais
E o sol, se põe mais cedo, filho
E a noite já não é segredo sobre as capitais

Vem o “eclipse”, um negro cego e trovador
Me diz que sabe tudo sobre a noite, a morte e o amor
Diz que sonhou ser Sal Mineo em Hollywood
Que roubou beijos de Natalie Wood, “amigo” de James Dean, me diz:
São filmes que não assisti, sorrisos que nunca sorri
Já me perdi de vista seguindo a longa pista que me trouxe aqui
Já me perdi de vista seguindo a longa pista que me trouxe aqui

Me trouxe aqui...

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