Sangria

Rua da amargura

Sangria
Quando a angústia esconde a chave e fecha a porta
E a esperança assume que está morta
O flagelo é diário e constante
O sabor da boca é amargo e cortante

Não há instinto que te salve
Não há instinto que te salve

Caso as lágrimas encharquem suas roupas
Caso o atoleiro esgote suas forças
Caso nada nessa vida lhe conforte
Caso a ferida aumente após o corte

Não há instinto que te salve
Não há instinto que lhe salve

Quando as pedras despencarem das encostas
E a cruz cair pesada em suas costas
Quando as cores desbotarem pelas águas
E as flores sucumbirem pelas mágoas

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