Sapos cozidos

Tempos difíceis

Sapos cozidos
Me vi sem fé a ponto de enlouquecer
Me vi, daquele jeito, que não queria me ver
No armário a caixa de mascarás eu não achei
Aquela que combinava, aquela que maquiava
Meus sentimentos mano
O pior erro é persistir no erro
A quem que eu tô enganando,
Só a mim mesmo.

Quem vê cara não vê coração
Quem vê coração é cardiologista
Se a boca é a voz do coração
Por isso que a minha grita
Mais igualdade
Infelizmente hoje em dia a cor
Tem definido caráter
Se não bastasse
Preto, pobre, tatuado
Ainda inventa de cantar um rap
É pedir pra ser rejeitado
Muito obrigado não
Não quero aplausos,
Meu som tocar nos corações
Dou mais valor do que tocar nas rádio

Porque é em vão
Trabalho, trabalho e é só vaidade
A vida não perdoou salomão
Imagina nós, que não vivemos nem a metade
Sabedoria, ou você tem, ou você é louco
Pensando bem de louco todo mundo tem um pouco
Falando em pouco
Lembrei do nosso salário
Também lembrei que falta pouco
Pra vencer as contas e eu
Vou ficar devendo o beat,
Já to acostumado
Independente de ter ou não ter

Conquistar sonhos não é fácil
Cada dia uma mascará
Cada dia uma farsa
Cada dia um novo motivo
Pra não corromper minha alma
Lava minha alma pai
Olhe por mim
Perdoai o teu filho que se faz distante de ti
Eu nunca fui assim
Sei que não é o fim...
É só um tempo ruim...

Me vi sem fé a ponto de enlouquecer
Me vi, daquele jeito, que não queria me ver
No armário a caixa de mascarás eu não achei
Aquela que combinava, aquela que maquiava
Meus sentimentos mano
O pior erro é persistir no erro
A quem que eu tô enganando,
Só a mim mesmo.

E nesse vai e vem eu me tornei
Meu pior pesadelo
E é nessas horas
Que a nossa fé falha
E é nessas horas que o nosso Deus se cala
O céu de bronze, do teto a oração não passa
Me desapego deste chão
Permito lágrimas molhar minha face
Pra não ter que me ver
Com o nariz entupido
Com os pulmões gritando socorro
A vida se tornando um martírio
Eu me exilo
Tento buscar inspiração em tempos difíceis
E vejo
Além das nuvens o sol continua

Brilhando
Pode chover um dia eu sei
Não vai ser pra sempre
Você é do tamanho dos teus sonhos
Aprende
Se sonhar pequeno vai ser pequeno
Pra sempre
A mente!
Está sempre disposta
A entender e reagir
São poucos para somar
E muitos pra dividir
E assim eu aprendi
São nos momentos de conflitos

A carne grita a alma luta
Mas nada abala o espirito
Nada me abala
Mesmo que contra mim árias pedras são lançadas
Nada me abala
Mesmo que eu não veja
A luz no fim do túnel
Eu caminho e acredito...
São só, tempos difíceis.

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