Benedito tempestade
Serrinha e caboclinhoO seu passado era sangue, violência e barbaridade
Brigava que nem guerreiro e matava sem piedade
Valente por trinta home, implacável na maldade
Mas numa tarde sombria já esquecido pelo mundo
Chega Chico Viramundo, o mais triste vagabundo
E mal sabia Tempestade que nas mãos do Viramundo
A sua vida estava apenas por um segundo
E foi assim que Tempestade o Viramundo ofendeu
Sai da frente milionário da sujeira
Representante da porqueira
E sobre a ofensa doída o Viramundo arrespondeu
Tempestade se aprepare, hoje quem briga sou eu)
Tempestade traiçoeiro
Ajeitou seu para-belo
Correu numa perobeira
Pra garantir o duelo
Viramundo fez o mesmo
Foi na venda do Marcelo
Trouxe bala e carabina
Festa do papo amarelo
A ofensa custa caro
Viramundo assim dizia
Pode fazer tua reza
Pra Virgem Santa Maria
E o Tempestade afiava
Viramundo arrespondia
Era tiro que roncava
Era bala que tinia
E naquele tiroteio
Que formava cerração
Tempestade percebeu
Que acabou sua munição
Gritou em nome da mãe
Do seu pai e dos irmão
Chorava que dava pena
Implorando a sarvação
E naquela triste hora
Sem pena e sem compaixão
Viramundo foi chegando
De carabina na mão
Tocou-lhe um tiro na testa
E outro no coração
Acabou-se o Tempestade
Acabou-se o valentão