Castela
Sertanília
O tear do abandono
Teceu todo meu futuro
Largos vazios sem muros
Linhas tortas e sem dono
Quando me pego em apuros
Nem céus ou quartos escuros
Podem perturbar meu sono
Teceu todo meu futuro
Largos vazios sem muros
Linhas tortas e sem dono
Quando me pego em apuros
Nem céus ou quartos escuros
Podem perturbar meu sono
Vi a peleja do tempo
Namorar com a incerteza
Viajei na correnteza
Trazido nos pés do vento
Se meu canto tem tristeza
Deixo sempre uma vela acesa
Pra espantar o esquecimento
No ermo onde a sombra se esconde
Finquei meu olhar no firmamento
Eu venho de muito, muito
Muito, muito longe... renascer
Deixei pra trás os meus montes
Sem saber do meu destino
Fui no breu do desatino
Me banhar em outras fontes
Feito riso de menino
Que se agarra com o divino
Pra atravessar a ponte
Meus quintais
Céu azul
Meu lugar é sempre onde
Cabe o meu desassossego
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