Até
SeuzéLeva o amargo de beijar
Nesse silêncio a sepultar
O peito que já não é lar
Leva o vazio para lá
Leva a mania de encontrar
A cama já vazia
Leva esse suplício de viver
Leva o difícil de entender
Todo excesso de porquês
Leva essa dor já démodé
Leva pois eu não quero crer
Que o que foi cama há de ser
Canto ideal pro padecer
Mas se é pra levar há de deixar Também outro lugar
Um lar menor que caiba menos dor
Suficiente, tanto pro que sou
Uma maneira nova de contar
Pois todo amor demais há de sobrar
Se todo peito grande é habitat
De coração de ator
Leva tudo pra onde bem quiser
Leva pra bem longe daqui
Leva pra um lugar qualquer
Leva o que há de ti em mim
Leva o seu sorriso, sim
Torto, dissimulado assim.
Leva, adeus. Jamais, até!
E se é pra levar há de deixar também outro lugar
Um lar menor que caiba menos dor
Suficiente, tanto pro que sou
Uma maneira nova de contar
Pois todo amor demais há de sobrar
Se todo peito grande é habitat
De coração de ator
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