Sexta treze

Preto e capoeira

Sexta treze
O rap é minha bíblia
Madame eu falo gíria
Das ruas trago a rima
Quebrada é poesia
Elas me querem tanto e ela não me quer tanto
Preto causa espanto quando fala bonito
Eu nunca me achei um santo
Poeta do infinito preso num condomínio
E o silencio grita tanto
Foda-se o seu nazismo, Jesus nunca foi branco
Não creio no seu cristo e nunca me achei um santo
E o corpo tá fechado contra o mal olhado
Preto e capoeira derruba o soldado
O rap é meu quilombo
Não sou mais um coitado
Pegada de um monstro e as preta tem gostado
O escuro que incomoda, rival do tal estado
Sem essa de ser moda, rap politizado
Se o escuro te incomoda óh racista disfarçado
Cuidado com esses preto que tem o queixo levantado

Meu país é funk, que se exploda o trump
Contra temer sou punk
Rebelde até no sangue
Sou diamante negro, filho de um preto
Eu sei que cê tem medo, desvia na calçada
Preto por dentro e por fora
Com o olhar cheio de raiva
Cuidado então madame e não vacila na quebrada
Que a mente do vilão já nasceu engatilhada
Eu não nasci neymar, também não sei jogar
Se não fosse minha véia eu seria fernando beiramar
Me escondi nas linhas e me encontrei nas linhas
Hoje eu sei que os meus versos fazem preta a poesia
Som de periferia, sul das minas gerais
Não prego pela guerra mas se for preciso eu largo a paz
Respeito à velha escola, sejamos racionais!
Porque o país da bola tem andado só pra trás

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