Shazam

Demônio na garrafa (part. dalila)

Shazam
Seres famintos sedentos em busca de saída
Perdidos em labirintos perdidos na própria vida
Sem mapa, sem direção, bússola quebrada
Sejam em ruas asfaltada ou no terrão da quebrada
Pra se livrar de tão peso é tudo ou nada.
Buscam melhor visão mas a pista sai embasada
Embasado imaginar quantas vezes mais vai rolar
Mais um pai de família que adotou mesa de bar

Apostas no bilhar, jogo do bicho
Jogo uma grana na zebra hã
Mas é rato nos lixos, capricho...
O álcool lhe apaga a memória
E os problemas anteriores nem pesam na trajetória
Faz sua história com fé guerreiro não se entregue
Benzia o corpo e alma mas não o que você bebe
E o risco de levar multa, o risco de morrer cedo

Na mão de filha da puta
Os estresse da tua casa não são os mesmos da rua
A luz da sala de estar não se compara com a da lua
Não confunda, calçada com corredor
Não leve pro seu lar nada além de grana e amor
Nem vapor, nem calor, nem furo, por favor
Seu doutor se matou pelos bagulhos de valor
O demônio em uma garrafa pique saci pererê

De gole em gole aviso ele pago pra vê
E o preço foi mais caro que o preço das buatchy
Uma vida em harmonia vale mais que seus quilates
Brinde pela diversão não para curar ilusão
Entorne garrafas de pinga rindo com seus irmão
Para distrai espairecer pra falar do melhor
Boêmia não é terapia pra quem ta na pior

Um demônio na garrafa, um diabo na gaveta
Ele rouba sua alma e ainda furta sua carteira
Sua carteira de trabalho ta tão limpa quanto ela
Sua vida com certeza não como da novela
Tão bela seria se você se importasse com a família
Que logo teria um bom motivo para se orgulhar
Daquele homem, que traz amor para seu lar

Mas não, você só pensa em beber de bar em bar
De mesa em mesa, apostos álcool e decepção
A fraqueza domina o corpo e machuca o coração
Amor que recebe amenizado pela derrota
Por ser pobre é humilhado pelos homens da rota
Beber deveria ser para o lazer e diversão
Na mão de despregado é remédio para solidão
Bolsa família é em vão ele só quer ter a dignidade
De trabalhar pelo seu pão sem ser escravo da maldade.

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