Siba

Gavião

Siba
O gavião
Acordou de manhã cedo
E quem rasteja o chão tem medo
De ver gavião voar

Sentindo o frio
Que o vento da manhã traz
Vira o pescoço pra trás
Solta um grito de assustar

Bebeu da água
Da corrente do baixio
E quantos peixes têm no rio
Nunca pensou perguntar

Mora na mata
Porém ninguém sabe onde
Que o gavião não se esconde
Tem jeito pra se encantar

Montou no vento
Pra ouvir o que o vento ensina
Toda ave de rapina
Entende o vento falar

Chegou voando
Desceu por cima da serra
E a sua visão não erra
Não tem quem possa escapar

Pousou no pau
E por lá ficou de vigia
Recebendo a brisa fria
Esperando alguém passar

Estica a asa
Balança se espreguiçando
E fica tranquilo esperando
O momento de atacar

De lá de cima
Tudo no mundo conhece
E até seu grito parece
Com o mergulho de caçar

Desceu ligeiro
Pegou bicho pela unha
E nunca sobrou testemunha
Que se possa confiar

Não tem vivente
Como o gavião do vale
Nem lei no mundo que cale
Sua voz de governar

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