Sindicato sonoro

O elo mais forte

Sindicato sonoro
(berna)
Tenho andado ocupado, desculpa já não te vejo à tótil
Sabes como é, casa trabalho, trabalho café
Sem ti fico deslocado como um autista num grupo
Passo dias sempre a (?) de saco a bulir como um rato
Ambos sabemos que juntos somos imbatíveis
E as fases más do percurso tu tornaste-as menos difíceis
Na doença, na separação tavas la como um anjo
Quando acertava calavas-te ao falhar chamavas-me xanjo
Enganaste-me foste filho da puta
Como uma selva a minha espera quando eu saísse da gruta
Eu ouvia-te falar como um aluno tu eras o mestre
Treinavas-me (?) técnicas pra me safar no teste
O que é ser homem com respeito e princípios
Vincar na vida, não pisar ninguém nem sermos submissos
Amigos, surpreendem-te com tanta cumplicidade
Pois desmentem tudo aquilo que acreditavas ser verdade

(refrão)
A divisão traz a forca
A união faz a força
Essa solidão dentro de ti
Só espero que ela me ouça (x2)

(né)
Qual o sinónimo da amizade nos dias que correm
Tenho a caneta como melhor amigo do homem
Com rimas fiz amigos daqueles que vêm e vão
Com rimas fiz amigos que até à morte restarão
Tudo que é puro, é raro difícil de encontrar
Valor incalculável difícil de conservar
Há que estimar o que mais de valioso temos
Há que guardar no coração estes fortes elos
Castelos de papéis neste lugar empilhados
Gravados nos meus dedos, amados e odiados
Sigo os astros que me guiam, que me dão energia
No dia-a-dia dou graças por toda esta magia
Família que formei ao longo desta odisseia
Restam os mais puros não caíram nesta teia
Das modas que dividem esta tropa fiel
Os conselhos, não me canso de os por no papel

(refrão)
A divisão traz a forca
A união faz a força
Essa solidão dentro de ti
Só espero que ela me ouça (x2)

(mundo)
Fechado num quarto sozinho, desfolha um álbum antigo
Um pouco mais perto da morte fá-lo sentir mais vivo
Recorda amigos doutros tempos que em tempos tentou esquecer
Quando abdicou da amizade em troca de um único prazer
(agora) fechado na rotina espreita por trás da cortina
Já não para no café e já não cruza lá na esquina
Da oficina pra casa e de casa pra oficina
Em casa tem uma mesa para por o dinheiro em cima
A solidão predomina, não dá o braço a torcer
Quando a emoção se aproxima do interior ele foge a correr
Mas sem a força do elo, o mundo não é tão belo
É como raízes que são cortadas com a violência de um cotel
Só queria que libertasses no fundo aquilo que sentes
Sem contracções no peito, sem teres de cerrar os dentes
Põe de parte o orgulho mano, hoje somos um só
Porque amanhã voltaremos a ser cinzas e pó.

(refrão)
A divisão traz a forca
A união faz a força
Essa solidão dentro de ti
Só espero que ela me ouça (x2)

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