Sinuelo pampeano

Abaralhando a barbela

Sinuelo pampeano
Pronto os encargos, largo meu mouro de lida
Pego o tordilho tratado só pra fuzarca
Passo a semana no galpão quebrando milho
Mas quando sai, sai bombeando a maritaca.

Corto caminho pelos campos dos portela
Pego uma aguada, mas desvio das porteiras
Gasto dobrado tendo um pingo só pra farra
Mas cruzo a sanga sem sujar a barrigueira.

Abaralhando a barbela, vai meu tordilho
Pisando miúdo por galhardo qual o dono
Levo de tiro lotes de versos campeiros
Um h.o. bola dupla e uma prateada coqueiro.

Viro os pelegos por mania de sestroso
Levo meu trinta recheado, mais um baleiro
Ando com fama de maleva pela volta
Só por entrar a cavalo num destes bailes campeiros.

Entro na sala e vou abrindo a garganta
Nisso me pisca a filha do dono da festa
Facilitando roubo a china e corto a gaita
E de novo vou m'embora com fama de quem não presta.

Abaralhando a barbela, vai meu tordilho
Pisando miúdo por galhardo qual o dono
Levo de tiro lotes de versos campeiros
Um h.o. bola dupla e uma prateada coqueiro.

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