Slow j

Portus calle

Slow j
Dor da distância, ânsia. Sentir a aceitação
Perder a esperança ou cortar o cordão?

Normal é ser ou não?

Memória morna adorna o coração
Da etérea forma à forma crua então

Métrica
Loucura purpura
Ruptura da estrutura
Sulfura mistura
Sistema tortura-me
Uma lágrima que cura o coração
Parte do problema é eu ser parte da arte da solução

Nunca vou ser carne pa' canhão
Nunca vou viver sem uma paixão
Nunca me vão ter nessa prisão
Não sei o que é o ser sem a missão
Não sei p'ra quê vencer sem uma razão

Normal é ser ou não?
Nunca me vão ter nessa prisão, não

Eu vou pintar paredes, com guitarras
Conta-me o que sentes
Pescar com redes da Setúbal, mãe de dissidentes
Terra linda beija os teus, a tua encarnação
Meu povo já não cai, é velha essa canção

Agora
Diz-lhes que normal é ser quem são
Diz-lhes, Portugal é muito mais que uma nação
Diz-lhes no final qual a moral da embarcação
E que a lição é acreditar e ver nascer o sonho irmão
Canta

Diz-lhes que normal é ser quem são
Diz-lhes, Portugal é muito mais que uma nação

Dá-me mais um Segundo
Dá-me mais um boom bap
No fundo canto rap profundo
Mas não selecto, uso o intelecto
Saciei consumo com fumo, embora
Agora viva d'um perfume sem lume
À procura da saida, é a nossa
Vida em resumo

A sativa foi nociva enquanto me ouvia
Melhor do que a casa de onde eu fugia
Melhor uma passa do que uma ferida
Mas a ferida assim não sara então a tinta
Cai rara e a escrita traz um novo dia
A cria da vara que encara e grita que acredita
Sem guita, sem nada, Siddhartha faz filosofia
Nostalgia num beat slick
Traz-me de volta a uma infância num click
Num beat tudo o que eu tive

Tudo o que eu vivo num grito mudo
Tudo o que eu vou mudar neste mundo, com uma canção
Eu sou um passado, um presente e um futuro
Eu sou assim tem noção
Agora diz-lhes que normal é ser quem são

Diz-lhes que normal é ser quem são
Diz-lhes, Portugal é muito mais que uma nação

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