Sobrevivente moral

Alvos inocentes

Sobrevivente moral
Nildo
Brasil, São Paulo periferia da capital
Por certos fatos que acontecem cada vez mais se passa mal
Quando ocorre um assalto a maldita polícia é acionada
Mais como sempre acontece aqui suas presença não vale em nada
Hoje em dia ligamos a televisão
Acabamos confusos quem é polícia e quem é ladrão
Você olha na tela vê um fardado
Do lado dele um mano caído com o corpo todo furado com o corpo todo furado

Alan
Com certeza vai ser enterrado como indigente
E por incrível que pareça era mais um inocente
Eu fico imaginando o sofrimento dessas famílias c
correria, perder noite de sono procurando em delegacias
Depois de algum tempo eles recomendam o necrotério
Continuar com a incerteza ou ver um parente jogado qual será o pior

Nildo
Na maior parte dos casos não tem como se identificar
Será que o corpo todo furado é o procurado é melhor menos sofrimento desacreditar
Vários corpos são recolhidos pelo Instituto Médico Legal
O mano fuzilado de bala a mina desfigurada
A maior parte deles de família vítimas da balada

Alan
E se não fossem recolhidos continuariam no matagal
Se decompondo virando carniça essa é a real
E quando encontrado o que vai ocorrer são vários comentários
E a idéia que todos têm na mente é que é só um bandido otário
Esses malucos de farda cinza acabam com vidas na noite
Eles matam inocentes para evitar o flagrante
E dessa forma a matança vai cada vez mais adiante cada vez mais adiante.

Refrão
Sociedade inocente
Alvos da maldita polícia
Sangue no olho e na mente
Sobrevivente Moral em busca de um ideal
Que é ajudar nossa gente contra o sistema inconsequente, contra o sistema inconsequente.

Nildo
Te chamam de marginal por causa de uma calça larga
De uma bombeta ou de uma cabeça raspada
Isso é uma desculpa para baterem uma geral
E nessa geral você pode sobreviver com algumas coronhadas
Várias botinadas sai fora ta limpo eu ainda estou vivo
Com a cabeça rasgada, com a costela quebrada
Com a moral perdida, dignidade no chão caída
Com meus pensamentos atrapalhados

Alan
Imaginando se causo trombar gambé no role na quebrada
Não vai ter ideia e não importa se é pai de família
O pensamento é sentar o dedo sangue no olho é claro
Ai começa uma guerra civil de um lado o de farda cinza do outro o traficante ou o ladrão
E nessa batalha se vão muitos alvos inocentes
Vítimas de uma guerra que o governo o imposto não paga
E essa guerra se propaga de periferia pra periferia chacinas e mais chacinas

Nildo
É tipo como se fosse uma doença pelo corpo inteiro
Mas agora nós estamos na busca desse hospedeiro
Um mano com calibre na mão vendendo sua alma pro Diabo
Trazendo dor e tribulação se tornando mais um soldado
Que faz maldade a troco de nada
Devemos fazer com que acabe esse tipo de desgraça
Acabar com as injustiças que acontecem na balada
Usando o rap como nossa arma através da nossa levada
Como diz o meu mano Dog mandando uma ideia pra esses assassinos
Pá, pá, parem de matar não dem tiros

Alan
A cada dia que passa a nossa gente está se matando
E eu não quero viver assim sempre andando
Correndo da polícia fardados otários que só têm na mente a malícia
Eles estão contribuindo com o fim da nossa raça
Trazendo desgraça quando será que eles vão parar
Enquanto isso peço à Deus que de força pra gente poder lutar
Contra quem atrasa nossa gente
Ao lado de Deus e todos os manos que estão comigo
Irmão conscientes contra a elite inconsequente
Mais uma vez eu grito, eu grito.

Refrão
Sociedade inocente
Alvos da maldita polícia
Sangue no olho e na mente
Sobrevivente Moral em busca de um ideal
Que é ajudar nossa gente contra o sistema inconsequente, contra o sistema inconsequente.

Nildo
Os estados do Brasil eu só cito São Paulo e Rio de Janeiro
Aqui só sobrevive aqueles que atiram primeiro
E não importa se é criança, negro, branco ou traficante
Vítimas caídas no chão derrubadas por esses fardados inconsequentes
Mais talvez isso só aconteça por causa de manos incompetentes

Alan
Quando se anda a noite o que se vê são vários manos
Drogados, alienados aceitando tudo o que o sistema dá
Crack, cocaína e bebida viagem só alegria
Uma vida de decadência, violência e na seqüência velório
Quando eu vejo o jornal nacional a idéia que vêm na cabeça é que nosso fim está mais próximo
Estamos cercados de todos os lados de vários maus elementos
Se entregando as drogas e as bebidas e eu só lamento

Nildo
Se tromba a polícia pode até ser enterrado vivo
Eles matam espancam dão um sumiço
Transformando pessoas inocentes em vítimas da dor
Trazendo o ódio e o rancor para muitas famílias daqui
E infelizmente assim o povo do gueto cresce revoltado
Aos dez de idade é marginalizado
Se pelo fardado não for assassinado aos dezoito sobe de cargo
E se torna um dos donos da boca

Alan
Tudo isso por culpa da nossa proteção a polícia
Calibres engatilhados, tiros disparados e o que sobra é mais uma vítima
Os jornais publicam
Que os números de assassinatos a cada dia se multiplicam, não explicam
Os culpados são colocados de lado às vítimas esquecidas
Cena normal infelizmente periferia

Nildo
As chacinas têm tido destaque de uma maneira incrível de acreditar
Carandirú e Vigário Geral, Francisco Morato e tal
Os menores da Candelária uma par de vidas perdidas
A TV, os jornais e as revistas ganham dinheiro de uma forma geral

Alan
Brasil país tropical
Se colocamos o pé na rua estamos sujeitos a uma geral
Se parece que somos maus elementos
Não precisam de julgamento para nos condenar
Futuramente o seu corpo pode ser encontrado
E nos jornais ser destacado
Como marginal bandido
E nem pela sua família ser reconhecido
Então ae pare, pense e reflita chega de racismo.

Refrão
Sociedade inocente
Alvos da maldita polícia
Sangue no olho e na mente
Sobrevivente Moral em busca de um ideal que é ajudar nossa gente contra o sistema inconsequente, contra o sistema inconsequente.

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