Amália (fado)
Socorro liraD'eu pssando por debaixo
Da cerca da divisão
Da água tão limpinha e lavadeira
Da dor d'álma curandeira.
Fervilhava o coração.
Lembro com profundo sentimento
Da promessa, do ungüento
Que sarava meu quebranto
Lembro de madrinha rezadeira,
Saracura, macumbeira
Escondida atrás do manto
Trago as lembranças da menina
Que voava na campina
Parecendo jaçanã
Torno a percorrer cada vereda
A soprar a labareda
Que acendia a manhã
Sinto o sabor do leite quente no cural
Bem cedinho, no quintal,
Berduega florescia
E se estendia no batente da janela
Quinha jura era dela
A mais bela que floria
As brincadeiras, araçá, banho de açude...
Para o ano deus ajude
Começo logo a rezar
E os olhos regam meu cantar e o capim
Um roçado dentro, em mim,
Só de saudade a safrejar
Solo que arde em febre, que flameja
Desejoso da chuva que goteja
A cntar na biqueira do oitão
A cantar uma cantiga plangente
Parece que o chão sente
Cada nota doída da canção.
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