Taranta

Urgente acaso

Taranta
Mal
De ansiedade tanto rói
Que corrói a paz
Dentro de nós
Veneno atroz
Inquebrantável

Bote de bicho sagaz
Voo voraz de albatroz
O meu tormento é o que apraz
Ser meu algoz

Fui
Ao purgatório das paixões
Preso entre o lembrar
E o querer
Sobre ilusões
Finquei meu viver

Sina assassina é mirar
Além do instante que há
Esse amanhã-leviatã
Me devorará

Meu triste ocaso
Urgente acaso

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