Filosofia da penumbra (o grito da minha alma)
Teo libertéVou escrever senão eu esqueço
Vou inventar quem sou mais uma vez
E vou esquecer outra vez
Vivo em algum lugar que sinto que vou estar
O tédio é tão lindo e desesperador
Ninguém suporta sua própria dor
Vou inventar e desinventar
Deixa estar, deixa estar
Não estar
Mundo azul, verde, colorido, ninguém te dar ouvidos
Deus não tá na igreja mas sim na natureza
Eu não ouço os pássaros nem os rios
Eu não ouço o vento nem os bichos
Eu não ouço o mar, eu não ouso amar
Nem o mar, nem amar
Só o desespero, imediatismo
Quem sou eu?
Quem sou eu?
Quem sou eu?
Procuro alguém para amar
A dor da ilusão
O apego a ficção
Dói menos que a razão
Pergunte todos os dias quem sou eu
Porquê eles não vão te lembrar
Vão te julgar
Manipular
Escravizar
Uma única estrela em todo anil
Duas árvores, meias portas, nenhum fuzil
Frases tortas, frases tortas, frases tortas
Frases tortas
Estou no céu ou no fim?
Atrás da igreja? Espero que sim
A colheita floresceu
A floresta, floresceu
As frases continuam tortas
E eu só vi o breu
Todos tentam chegar a perfeição
Preencher vazio sem solução
Afinal, o que é a perfeição?
Consumir, destruir, ostentar
Não ver e não falar?
A colheita floresceu
A floresta, floresceu
As frases continuam tortas
E eu só vi o breu
Procuro alguém para amar
A dor da ilusão
O apego a ficção
Dói menos que a razão