Eu sô É lampião!
Teoria singularEu sô escravo do governo que nos tem
Sem ter direito de cobrar só de dever
E que vive angustiado por sair do meu Sertão!
Eu sou moeda, mão de obra, escritor
Que sonha mais não tira os pés do chão
Eu vivo sem saber pra onde vou
Com esperança e ouvindo a voz do coração!
É Lamp, é Lamp, é Virgulino! É Lampião!
É Lamp, é Lamp, é Virgulino! É Lampião!
Arreda bando de Macaco!
Segura a Riuna!
Mete fogo nos Capanga! Pzium! Pzium! Pzium!
Eu sô poeta, empresário, camelô
Eu sô escravo do governo que nos tem
Sem ter direito de cobrar só de dever
E que vive angustiado por sair do meu Sertão!
Eu sô o ódio, o amor e a saudade
De uma vida mais tranquila no meu canto
Sô a junção, de tudo que falei e no mais tudo que eu sei
Só me mostra que ainda é pouco!
É Lamp, é Lamp, é Virgulino! É Lampião!
É Lamp, é Lamp, é Virgulino! É Lampião!
Virgulino Miseravi, promovendo o desmantelo!
Na caatinga ou no roçado, vai levando o desespero!
E não gosta de soldado, é um grande Cangaceiro! (2x)
Olê muié rendera
Olê muié rendá
Tu me ensina a fazê renda
Que eu te ensino a namorá
É Lamp, é Lamp, é Virgulino! É Lampião!
É Lamp, é Lamp, é Virgulino! É Lampião!
Eu pertenço ao Sertão! Eu sou tribo Kariri!
Que clama o fim da exploração e da corrupção!
Que chora ao ver o Sertanejo humilhado, sem um cadim de pão!