Thiago porto

Pérola

Thiago porto
Saiba, hoje nada mais persiste em mim
Paira, sopesada, a vida em que existi

Não lembro do som do silêncio, nem da estrada empoeirada que deixei lá atrás
Não lembro do gosto do escuro, nem da marmelada de goiaba ou goiabada, tanto faz
Queria tanto encontrar o vento que te fez voar ao longe no horizonte sobre o mar
Queria te contar que vi dois sapos de pelúcia q eu sei que ias adorar

Saiba, nessa estrada, não se deve olhar pra trás
Mas nada, nada obsta de recomeçar
Na bergamoteira o seu nome está
E saiba, caso queiras, eu te espero lá

Talvez de fato seja tarde, demasiadamente tarde pra voltar atrás
Só com dois sapos de pelúcia e mais nada, eu te espero lá, espero-la
Então se coadunas com a saudade que me amarga, sei que ainda há de voltar
Aí qdo me veres saberá q, em verdade, só vivi pra te esperar

Saiba, hoje nada mais persiste em mim
Paira, sopesada, a vida em que existi
E nunca, nessa estrada, se deve parar
Mas saiba, caso queiras, eu te espero lá

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